A Disney-Pixar ingressa em um território desconhecido ao lançar, na sexta-feira, o filme de animação Wall-E, uma aventura espacial que mistura uma estranha história de amor com mensagens sombrias a respeito do futuro da Terra e da humanidade.
O filme apresenta paisagens soturnas, comentários de cunho social e uma ausência de diálogos convencionais, coisas raras nos filmes da Walt Disney Co. O desenho, ao mesmo tempo, retoma os temas básicos da Pixar: amor, lealdade e amizade.
Ainda assim, o tom sóbrio e a estranha história de amor entre robôs alimentaram preocupações sobre a possibilidade de o desempenho do Wall-E nas bilheterias não compensar pelo relativamente fraco faturamento de outro grande lançamento de verão da Disney, As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian, cujos US$ 259 milhões arrecadados até agora ficaram abaixo das previsões.
"Os investidores têm visto com desconfiança o desempenho do Wall-E nas bilheterias em vista da arriscada aposta da Pixar em um personagem diferente, que raramente fala durante o filme", afirmou Rich Greenfield, analista da Pali Capital, em um comunicado enviado a seus clientes.
Um faturamento sólido do Wall-E melhoraria os números da Disney para os próximos trimestres, em que a empresa depara-se com comparações difíceis, entre as quais o sucesso de 2007 Piratas do Caribe no Fim do Mundo (US$ 961 milhões arrecadados no mundo todo) e Ratatouille (US$ 621 milhões), nos cinemas e no setor de DVDs.
Apesar de ter destacado a preocupação de Wall Street, Greenfield acrescentou que Wall-E havia sido bem recebido nas exibições de teste. O analista calcula que o filme acabará por arrecadar nas bilheterias do mundo todo entre US$ 500 mi e US$ 600 mi.
Greenfield previu ainda que o Wall-E contribuiria de forma sólida com a venda de DVDs e de outros produtos relacionados. O filme estréia na sexta-feira em 3,9 mil cinemas dos EUA e começa a rodar o mundo a partir de dezembro.
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